O vício da obediência cega

uma relação entre o sistema carcerário brasileiro e o conceito de banalidade do mal de Hannah Arendt

Autores

  • Victhor Lucas Borges Rocha Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Thiago Lemos Silva Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

obediência, banalidade, direito, dignidade

Resumo

Esta pesquisa investiga uma relação entre o conceito de banalidade do mal, proposto por Hannah Arendt, e o sistema carcerário brasileiro. Tem-se dois cenários para o estudo: de um lado, o inenarrável holocausto e a Segunda Guerra Mundial, e de outro, as temíveis prisões brasileiras. Ambientes completamente divergentes, porém, os manuseadores e espectadores destes episódios parecem agir igualmente, com indiferença perante o mal que causam. Em ambos os casos, tais pessoas se tornam peças de uma engrenagem, fragmentos invisuais que encaram suas próprias condutas, que são de cunho quase sempre criminal, como apenas parte de um trabalho, algo a ser executado. Perdem a sensibilidade, não notam que do outro lado há um ser humano, tendo o seu direito à dignidade da pessoa humana dilacerado, de forma escrachada para toda a sociedade que, ainda assim, vê-se inerte e até mesmo age como sustentáculo de tais atitudes.

Biografia do Autor

Victhor Lucas Borges Rocha, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente do curso de Direito

Thiago Lemos Silva, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Mestre em História. Professor do curso de História

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Publicado

2018-11-21

Edição

Seção

Artigos