Nas (entre)linhas da casa assassinada

a sociedade cardosiana e suas máscaras representativas

Autores

  • Fernanda Silva Ferreira Queiroz Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Carlos Roberto da Silva Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

Crônica da casa assassinada, personagens, máscara social

Resumo

Abordando a interação entre sociologia e literatura, este trabalho buscou identificar o papel e a função social de cada personagem existente na ficcional sociedade de Crônica da casa assassinada (1959), do escritor mineiro Lúcio Cardoso. Ao tecer sua trama, o autor configura um rol de personagens que advêm de uma aristocrata família mineira resistente às mudanças ocorridas na sociedade, mantendo vivas tradições e práticas obsoletas. Para isso, ostentam um status quo através de máscaras sociais que, por suas frestas, metaforizadas na deterioração da velha casa da chácara dos Meneses, deixam vazar a ruína e a deterioração da família. Desse modo, investigou-se como Lúcio Cardoso, em sua narrativa, criou suas personagens a partir das representações sociais de uma época austera e inexorável, permitindo a seus leitores recompor, então, os abismos que se abrem social, cultural e psicologicamente nas sociedades a partir dos processos modernizadores da nação brasileira.

Biografia do Autor

Fernanda Silva Ferreira Queiroz, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Graduanda do 6º período de Letras

Carlos Roberto da Silva, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Doutor em Estudos Literários pela UFMG. Professor do UNIPAM

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Publicado

2018-11-21

Edição

Seção

Artigos