Estratificação de risco cardiovascular
estudo em trabalhadoras de uma instituição de ensino superior de Minas Gerais
Palavras-chave:
doenças cardiovasculares, fatores de risco, Escore de FraminghamResumo
Desde as décadas de 1960 e 1970, as mulheres tornaram-se mais ativas e independentes. Com isso, tornaram-se, também, mais expostas a fatores de risco para doenças, principalmente as cardiovasculares (DCVs). No Brasil, essas doenças representam 30% dos óbitos em um ano, sendo que 47,71% do total de óbitos em 2011 foram de mulheres. Diante dessa situação, o presente trabalho teve como objetivo realizar a estratificação de risco cardiovascular em trabalhadoras de uma Instituição de Ensino Superior de Minas Gerais. Realizou-se uma pesquisa documental, descritiva, de natureza quantitativa, que visou estimar os riscos para doenças coronarianas em 10 anos a partir do escore de Framingham. A coleta de dados foi realizada nos meses de abril e maio de 2015 por meio de consulta em pasta pessoal de documentação das funcionárias no setor de Recursos Humanos da IES, através de formulário gerado durante a SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho), no ano de 2014, totalizando 107 prontuários. A análise dos resultados mostraram 99% das mulheres com baixo risco para doenças cardiovasculares e 1% com risco intermediário. Entre os fatores de risco, encontrou-se alta prevalência de estresse, ansiedade, colesterol alto, consumo de álcool e fumo. A faixa etária prevalente foi entre 18 e 39 anos. Conclui-se que, mesmo apresentando baixo risco para DCVs, as trabalhadoras não estão isentas de sofrerem evento cardiovascular, tendo em vista a presença de muitos fatores de risco. Sugerem-se outros estudos com maior número de trabalhadoras e adoção de estratégias de vigilância e sensibilização para o autocuidado.