Riscos de adoecimento no trabalho
um estudo em uma Unidade de Atenção Primária à Saúde
Palavras-chave:
atenção básica, trabalhador, riscos de adoecimentoResumo
O estudo objetivou analisar a percepção do contexto de trabalho, suas exigências, vivências, problemas físicos, sociais e psicológicos experimentados por profissionais de uma Unidade de Atenção Primária à Saúde do Município de Patos de Minas. Tratou-se de uma pesquisa de campo descritiva, com abordagem quantitativa, aplicada como projeto-piloto com 10 profissionais, que servirá de subsídio para avaliação de outras equipes de Estratégia de Saúde da Família. Os dados foram coletados por meio do Inventário sobre o Trabalho e Riscos de Adoecimento (ITRA). Na escala de avaliação do contexto de trabalho, os fatores organização do trabalho e condições do trabalho apresentaram médias de 3,63 e 3,15, respectivamente, apontadas como uma avaliação moderada, crítica. A escala de custo humano do trabalho foi avaliada como moderada, crítica, embora, no fator custo físico, o item usar as mãos de forma contínua (M=4,7) tenha apresentado maior média de avaliação considerada grave. Na escala de indicadores de prazer vivenciados pelos profissionais, o fator liberdade de expressão (M=4,05) apresentou de modo geral uma avaliação positiva. Em contrapartida, na escala de indicadores de sofrimento, constatou-se que o fator esgotamento emocional (M=2,7) obteve maior média entre os fatores. Os dados referentes à escala de danos relacionados ao trabalho mostraram uma avaliação positiva pelos trabalhadores no que diz respeito aos danos físicos, psicológicos e sociais a que esses profissionais estão submetidos. Concluiu-se que os riscos de adoecimento no trabalho são influenciados pelas mais diversas dimensões e fatores interdependentes e que, de tal forma, necessitam de intervenções.