Avaliação da adesão ao protocolo de septicemia em um hospital de médio porte em Minas Gerais
Palavras-chave:
sepse, infecção, pacientesResumo
Introdução: A sepse é uma síndrome em resposta a uma inflamação sistêmica, frente a um agente agressor. Ela se manifesta no organismo de acordo com o tempo decorrido desde suas primeiras manifestações até o início do quadro clínico que se manifesta com alterações inespecíficas dos sinais vitais, como taquicardia e taquipnéia. Objetivos: Avaliar a ocorrência de casos em que tratamento dispensado às pessoas com sepse esteve de acordo com o protocolo padronizado, descrever o perfil demográfico, identificar o principal foco causador, assim como os microrganismos relacionados com o desenvolvimento, os antibióticos utilizados para o tratamento e o desfecho do paciente (alta, óbito e transferência para outra unidade de saúde). Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo e de abordagem quantitativa. Foi realizada uma busca ativa de informações referentes ao período de janeiro de 2010 a dezembro de 2011, no banco de dados do Instituto Latino Americano de Sepse. A análise de dados ocorreu por meio da utilização de um software. Resultados: O principal foco causador da sepse foi o abdominal agudo encontrado em 37 (37%) pacientes, a hemocultura foi coletada em 35 (35%) casos, o pacote de 6 horas foi cumprido em 10 (10%) casos e o pacote de 24 horas em 13 (13%) dos casos. Conclusões: O foco de atendimento às pessoas com septicemia parece se restringir ao tratamento empírico. A pouca adesão dos profissionais de saúde em relação à não realização da hemocultura e dos protocolos padronizados pela instituição pode influenciar negativamente na resolubilidade da assistência a estas pessoas, além de favorecer maior ônus para o sistema de saúde.