Efeito modulador da polpa da graviola (Annona muricata) sobre a carcinogenicidade da mitomicina C, avaliado por meio do teste para detecção de clones de tumor (warts) em Drosophila melanogaster
Palavras-chave:
Annona muricata, Drosophila melanogaster, anticarcinogênicoResumo
Há sempre a busca de novos tratamentos e de novas substâncias que auxiliem no tratamento do câncer. Este trabalho visa analisar o efeito anticarcinogênico da polpa da graviola (Annona muricata), por meio do teste para detecção de clones de tumor (warts) em Drosophila melanogaster. Os resultados mostraram que a graviola apresenta atividade anticarcinogênica, visto que houve diferença, estatisticamente significativa, na frequência de tumores verificados com a presença do extrato de graviola (nas concentrações de 50 e 100%), em relação à frequência de tumores verificados no controle positivo. Porém, ficou demonstrado que o extrato aquoso da polpa da graviola apresentou atividade tumoral, nas concentrações de 25 e 50%, em Drosophila melanogaster. A presença conhecida de acetogeninas no fruto induziu, provavelmente, uma atividade genotóxica com consequente indução de tumor. O não‐aparecimento de tumores, na concentração de 100% do extrato aquoso das folhas de graviola, pode estar relacionado, provavelmente, com a alta concentração de acetogeninas e o efeito citotóxico. Na mais alta concentração, graviola (100%), os erros induzidos são tão grosseiros que é desencadeada a via de apoptose. Conclui‐se que a graviola, por apresentar alta citotoxicidade, não deve ser usada como preventivo para o câncer. No entanto, caso a doença já esteja estabelecida, a graviola poderá ser utilizada no tratamento, visto que diminui a frequência de tumores no organismo, como avaliado neste trabalho.