Avaliação da frequência de micronúcleos em eritrócitos periféricos de mandi-amarelo (Pimelodus maculatus) do rio Paranaíba
Palavras-chave:
peixe, micronúcleo, genotóxico, Teste do MicronúcleoResumo
O teste do micronúcleo possibilita a detecção de efeitos genotóxicos provocados por vários agentes químicos e físicos, podendo ser utilizado para avaliação das condições ambientais. Os micronúcleos são estruturas originárias de fragmentos cromossômicos ou cromossomos inteiros que, durante a anáfase, não migram para os pólos da célula. O presente trabalho tem como objetivo avaliar os possíveis efeitos genotóxicos da poluição aquática em peixes do rio Paranaíba, região de Patos de Minas/ MG, por meio do teste do micronúcleo. O peixe utilizado foi o mandi-amarelo (Pimelodus maculatus), por ser comum na região, de fácil captura, além de ser consumido pela população ribeirinha. Amostras de sangue, para preparação dos esfregaços, foram obtidas por meio de punção branquial, mediante o uso de seringa e agulha. Após 24 horas os esfregados foram fixados com metanol puro durante 5 minutos, e corados com Giemsa e tampão fosfato (pH 6,8) na proporção de 1:20, durante 10 minutos. O número de micronúcleos foi determinado a partir de 2.000 eritrócitos analisados por peixe. A análise estatística dos dados foi feita pelo teste condicional para a detecção de eventos raros (PEREIRA, 1991). Verificou-se que a frequência de micronúcleos em eritrócitos periféricos foi significativamente maior nos peixes do rio Paranaíba que nos peixes do córrego Caxambu. Esta diferença não foi estatisticamente significativa entre os grupos de peixes do rio. A partir destes resultados, pode-se concluir que a alta frequência de micronúcleos nos peixes do rio se deve, provavelmente, à exposição destes a substâncias e/ou a condições ambientais de potencial genotóxico.