Efeito modulador da vitamina K contra a ação carcinogênica da doxorrubicina, avaliado por meio do teste para detecção de clones de tumor (warts) em Drosophila melanogaster
Palavras-chave:
vitamina K, Drosophila melanogaster, anticarcinogênico, tumorResumo
A vitamina K atua como coenzima durante a síntese de várias proteínas envolvidas na coagulação sanguínea e no metabolismo ósseo. É uma vitamina lipossolúvel produzida no intestino, e os seus excessos são estocados no fígado. É encontrada em vegetais verdes, óleos vegetais, principalmente de soja e canola, em carnes, queijos, frutas, raízes, e produtos de origem animal. Já foi demonstrada que a vitamina K no câncer é capaz de induzir a apoptose e inibir a proliferação celular maligna, apresentando potencial de redução dos cânceres de mama, próstata, gliomas, tumores de cabeça e pescoço. Sabendo-se disso, o presente trabalho teve por objetivo avaliar o potencial anticarcinogênico da vitamina K, por meio do teste para detecção de tumor epitelial (warts) em Drosophila melanogaster. Para tanto, foram realizados tratamentos, com larvas de 72h resultantes do cruzamento entre fêmeas wts/TM3, Sb e machos mwh/mwh, com diferentes concentrações de vitamina K (0,25; 0,50 e 1,0mg/mL) isoladamente e associadas com um agente carcinogênico (Doxorrubicina [DXR] 0,125mg/ml). Os resultados obtidos na avaliação dos possíveis efeitos carcinogênicos da vitamina K (0,25; 0,50 e 1,0mg/mL) demonstraram que não houve aumento, estatisticamente significativo, de tumores quando comparados com o controle negativo (água). Na avaliação do efeito anticarcinogênico da vitamina K associada, simultaneamente, com a DXR, houve uma redução, estatisticamente significativa, nas frequências de tumores em todas as concentrações testadas, quando comparadas ao controle positivo (DXR). Tais resultados permitem concluir que a vitamina K, nas condições experimentais, não induziu à ocorrência de tumores e diminuiu as frequências destes, quando induzidos pela DXR, em D. melanogaster.