Efeitos genotóxicos dos extratos aquosos da erva-de-santa-maria (Chenopodium ambrosioides) em células somáticas Drosophila melanogaster

Autores

  • Rosiane Gomes da Silva Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Júlio César Nepomuceno Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

Chenopodium ambrosioides, Drosophila melanogaster, genotoxidade, SMART

Resumo

A erva-de-santa-maria (Chenopodium ambrosioides) pertence à família Chenopodiaceae, originária da América do Sul. É uma planta herbácea com até 1m de altura de odor muito forte, amplamente disseminada, vegetando essencialmente em lugares férteis. Todas as partes da planta têm poderes analgésicos, estomáticos e vermífugos. O Chenopodium ambrosioides é constituído por hidrocarbonetos terpênicos (cimeno, limoneno e terpineno) e principalmente por ascaridol. Com o objetivo de detectar a existência de agentes genotóxicos e as possíveis alterações que o Chenopodium ambrosioides pode trazer ao material genético, foi utilizado o teste para detecção de mutação e recombinação somática em asas de Drosophila melanogaster (SMART). O extrato aquoso da erva-de-santa-maria foi preparado nas seguintes concentrações: extrato aquoso puro, extrato aquoso 50% e extrato aquoso 25%. Para tanto, foram realizados os cruzamentos: padrão (Standard Cross - ST) e de alta capacidade de bioativação (High Bioactivation Cross - HB) dos quais foram obtidos descendentes trans-heterozigotos marcados (MH) e heterozigotos balanceados (BH). Foram analisados os indivíduos MH descendentes do cruzamento HB, nos quais as manchas são induzidas por mutação ou por recombinação mitótica. Os extratos aquosos da erva-de-santa-maria testados não apresentaram aumento significativo no número de total de manchas, em nenhuma das concentrações, quando comparados com controle positivo. Contudo, foram observados aumentos, estatisticamente significativos, no número de manchas gêmeas, indicando uma provável ação recombinogênica. No entanto, quando essas concentrações foram associadas a doxorrubicina (DXR 0,125 mg/ mL), houve redução significativa no número total de manchas mutantes. A redução nas freqüências de manchas pode sugerir a primeira vista, um efeito protetor. Contudo, não pode ser descartada uma possível ação citotóxica, da erva-de-santa-maria, levando à destruição de manchas mutantes induzidas pela DXR. Essa ação tóxica da erva-de-santa-maria pôde ser percebida pela redução no número de moscas, principalmente, no extrato puro.

Biografia do Autor

Rosiane Gomes da Silva, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Acadêmica do curso de Ciências Biológicas

Júlio César Nepomuceno, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professor titular do Centro Universitário de Patos de Minas

Downloads

Publicado

2018-11-12

Edição

Seção

Artigos