Análise histológica dos efeitos provocados por antifúngicos derivados de azóis (cetoconazol e fluconazol) em fígado de Calomys callosus (Rodentia, Cricetidae)
Palavras-chave:
cetoconazol, fluconazol, injuria hepáticaResumo
Até a década de 40, havia relativamente poucos agentes antifúngicos disponíveis para o tratamento de infecções fúngicas sistêmicas. Através de pesquisas, descobriram-se novos medicamentos mais eficazes e menos prejudiciais à saúde dos pacientes. Os primeiros antifúngicos desenvolvidos foram os polienicos como a Anfotericina B que representou um grande avanço no tratamento de doenças fúngicas, entretanto é um medicamento que apresenta grandes efeitos colaterais. A seguir, foram criados novos antifúngicos derivados dos azóis, primeiro os imidazois, como o Cetoconazol, que por mais de uma década foi considerado a droga de escolha no tratamento prolongado de micoses endêmicas. Por fim, foram criados os triazóis, Fluconazol, Itraconazol e Voriconazol, que apresentaram uma atividade antifúngica de amplo espectro e tiveram uma melhoria no perfil de segurança comparada com a Anfotericina B e o Cetoconazol. Este estudo teve com objetivo avaliar o efeito hepatotóxico das diferentes formas de apresentação medicamentosa, Marca Similar, Genérico e Manipulado dos antifúngicos Cetoconazol e Fluconazol. Após a administração das drogas, fígados de roedores Calomys callosus foram processados rotineiramente em parafina para análise histológica e corados com Hematoxilina e Eosina. Os resultados demonstraram que nenhumas das formas medicamentosas apresentaram efeito hepatotóxico quando observadas as doses terapêuticas. Estes resultados nos permitem concluir que doses terapêuticas dos antifúngicos Cetoconazol e Fluconazol não representam risco potencial para saúde dos pacientes e que mesmo as diferentes formas de apresentação medicamentosa não interferem no efeito hepatotóxico estando todas adequadas para o uso terapêutico humano.