Obtenção de Bromelina e caracterização da atividade proteolítica visando a sua utilização na produção de suplemento dietético para fenilcetonúricos
Palavras-chave:
alimentos especiais, farinha de trigo, fenilcetonúria, extrato enzimático de abacaxi, hidrolisados protéicosResumo
A fenilcetonúria (PKU) clássica é a doença clinicamente mais encontrada dentro do grupo de erros congênitos no metabolismo de aminoácidos. Essa enfermidade caracteriza-se pela deficiência ou inatividade da enzima fenilalanina hidroxilase que converte a fenilalanina (Phe) em tirosina. O tratamento da fenilcetonúria é realizado quase que exclusivamente através de uma alimentação restrita de alimentos protéicos, e do controle na ingestão de Phe. No Brasil, a baixa disponibilidade de alimentos com teores reduzidos de Phe torna a dieta monótona, pouco atrativa e de difícil adesão. Os produtos especiais, à base de misturas de aminoácidos livres, são geralmente importados, apresentando elevado custo. Visando a proporcionar a introdução de novos alimentos na dieta dos fenilcetonúricos, este estudo foi realizado no intuito de desenvolver produtos a partir das proteínas da farinha de trigo hidrolisadas com protease vegetal. Assim sendo, otimizou-se a obtenção do extrato enzimático bruto do abacaxi, caracterizando em relação à atividade enzimática e propriedades físico-químicas, utilizando-o no preparo de hidrolisados protéicos da farinha de trigo. Para este fim, as partes do abacaxi (polpa, talo e casca) foram extensivamente estudadas em relação ao teor protéico e respectiva atividade enzimática, a fim de se determinar com qual fração seria elaborado o extrato bruto enzimático. Não houve diferenças significativas na atividade proteolítica entre a polpa e o talo, utilizando-se, então, este subproduto da agroindústria do abacaxi em uma relação enzima: substrato 2%, para a elaboração dos hidrolisados de proteínas da farinha de trigo.