Qualidade de vida e movimento do ombro no pós-operatório de mulheres com câncer de mama submetidas a cinesioterapia
Palavras-chave:
mastectomia, fisioterapia, reabilitação, amplitude de movimento articularResumo
O câncer de mama representa um problema de saúde pública de relevância global, sendo o tratamento cirúrgico uma das principais abordagens terapêuticas. No entanto, essa intervenção pode acarretar efeitos adversos, como edema, limitação da amplitude de movimento e redução da funcionalidade do membro superior. Este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da implementação de um protocolo fisioterapêutico sobre a funcionalidade e a qualidade de vida de mulheres no pós-operatório de câncer de mama. Trata-se de um estudo experimental, quantitativo, do tipo antes e depois, realizado com três mulheres, com idades entre 30 e 45 anos, atendidas em uma clínica-escola de fisioterapia, sob o parecer do Comitê de Ética n.º 6.309.677 e CAAE 73197723.7.0000.5549. A coleta de dados incluiu a aplicação de questionário sociodemográfico, DASH (Disabilities of the Arm, Shoulder and Hand), SF-36 (Short Form Health Survey), perimetria, goniometria e a Escala de Satisfação com o Tratamento. A intervenção fisioterapêutica envolveu mobilizações articulares, liberação miofascial, mobilização cicatricial e exercícios ativos livres e resistidos. A reavaliação pós-intervenção indicou melhora na amplitude de movimento — especialmente em flexão, abdução e rotação lateral —, melhora nos escores dos questionários SF-36 e DASH, além de uma média de 81,7 ± 10,4 (em uma escala de 0 a 100%) na Escala de Satisfação com o Tratamento. Conclui-se que o protocolo fisioterapêutico adotado mostrou-se eficaz na recuperação funcional do membro superior e na melhoria da qualidade de vida das participantes.