Do afeto à travessia

a angústia e o sujeito contemporâneo

Autores

  • Méllane Queiroz Braga Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Raquel Gonçalves da Fonseca Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

angústia, psicanálise, subjetividade contemporânea, travessia da angústia

Resumo

Este artigo investiga a angústia como um afeto essencial à constituição subjetiva, a partir da perspectiva psicanalítica de Freud e Lacan. O objetivo principal é compreender como a angústia se manifesta enquanto afeto que não engana, situando-se no encontro com o real e na relação com o objeto a. A metodologia do trabalho envolve uma análise teórica, passando por obras de Freud, especialmente Inibição, sintoma e angústia (1926), e de Lacan, com ênfase no Seminário 10: A angústia (1962-1963). A pesquisa discute a intensificação da angústia no contexto contemporâneo, marcado por crises climáticas, políticas e econômicas, e sua relação com o desejo e a falta. Os resultados sugerem que a angústia não deve ser vista como um obstáculo a ser eliminado, mas como um elemento estruturante da subjetividade, essencial para a dinâmica do desejo. Conclui-se que a travessia da angústia, longe de sua extinção, é um processo de integração desse afeto à psique, promovendo uma renovação subjetiva e permitindo uma reconfiguração do desejo no encontro com o real.

Biografia do Autor

Méllane Queiroz Braga, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Pós-Graduanda de Filosofia

Raquel Gonçalves da Fonseca, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professora orientadora

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Publicado

2025-10-30

Edição

Seção

Artigos