“Minha palavra é meu penhor”
a teoria dos atos de fala e a relação entre linguagem e referência
Palavras-chave:
filosofia da linguagem, atos de fala, J. L. AustinResumo
J. L. Austin é considerado como um dos expoentes da Filosofia da Linguagem Ordinária, também conhecida como Escola de Oxford. Em Quando dizer é fazer, Austin defende a tese que ao proferir determinadas palavras realizamos ações. Assim, o autor define, em um primeiro momento, a distinção entre performativos e constatativos, entretanto, em determinado momento de sua teoria, Austin percebe que essa distinção não se sustenta ao ser submetida a alguns testes. A partir dessa constatação, o autor divide os atos de fala em três atos distintos: o ato locucionário, ilocucionário e perlocucionário, que podem acontecer concomitantemente sem que um seja subordinado ao outro. O objetivo desse artigo é, portanto, evidenciar o momento de tensão e consequente reelaboração teórica dos atos de fala, dando ênfase às noções de linguagem e de referência, estabelecendo uma comparação dessas noções com àquelas anteriormente definidas por Gottlob Frege.