Uma análise da narrativa autoconsciente nas obras Memórias póstumas de Brás Cubas e Memorial de Aires

Autores

  • Alessandra Abadia Rodrigues Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Carlos Roberto da Silva Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

metalinguagem, autoconsciência, Machado de Assis, Realismo brasileiro

Resumo

Sabe-se que no final do século XIX, tanto a sociedade quanto a literatura brasileira sofreram grandes modificações. A partir da mudança da literatura, que passa a tratar de assuntos reais da sociedade da época, proponho um estudo da técnica narrativa do introdutor do Realismo no Brasil, Machado de Assis. As obras analisadas são Memórias Póstumas de Brás Cubas, publicada em 1881 e Memorial de Aires, publicada em 1908. Ambas estão recheadas da técnica narrativa autoconsciente, influenciada por Sterne e Fielding, escritores britânicos do século XVIII. A questão da consciência do leitor, influenciada pelos britânicos, é uma consideração importante para a técnica de narrar machadiana. Estabelece-se nela uma relação íntima e mutuamente enriquecedora entre o emissor e o receptor. Propõe-se assim uma relação em que a narrativa critica a própria narrativa, ou seja, “diz-se ao leitor o como se diz”. Considerando a crítica como metalinguagem e a autoconsciência do narrador sinônima destas, procurei evidenciá-las nas obras citadas. Para isso relacionei as obras com textos teóricos de uma pesquisa bibliográfica. Ao final ficou visível a importância da reflexão tanto para o leitor quanto para o narrador das obras machadianas.

Biografia do Autor

Carlos Roberto da Silva, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professor orientador

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Publicado

2018-08-01

Edição

Seção

Artigos