Comparação de métodos qualitativos para a detecção de peróxido de hidrogênio em leite cru e UHT

Autores

  • Vinicius César Goulart Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Luiz Fernando Rocha Botelho Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Renato Santana de Oliveira Universidade de Brasília (UNB)
  • Marcia de Aguiar Ferreira Universidade de Brasília (UNB)

Palavras-chave:

Macofren©, guaiacol, óxido de vanádio

Resumo

A IN nº 62/2011 estabelece os padrões de qualidade para o leite cru e beneficiado e proíbe a adição de qualquer substância química na conservação do leite. No entanto, o peróxido de hidrogênio (H2O2) possui ação bactericida, por isso é usado por fraudadores para recuperar e conservar leites deteriorados, oriundos de ordenha, armazenamento e transporte inadequados, onde houve contaminações e crescimento microbiano no leite. Essa fraude é difícil de ser detectada, pois, após reação com o leite, o H2O2 se transforma em água de forma rápida. Sendo assim, objetivou-se avaliar os testes convencionais Guaiacol e Óxido de vanádio e o reagente Macofren® para detecção de H2O2 adicionado ao leite cru e UHT, nas concentrações de 0,005%, 0,01%, 0,03%, 0,05%, 0,5%, 0,1% e 1,0%, avaliados imediatamente após adição, 30 minutos e 24 horas após adição do H2O2. Apenas o teste Macofren© foi capaz de detectar a fraude em todos os tempos estudados, tanto no leite cru quanto no UHT, porém não foi possível quantificar o nível de fraude. O teste Guaiacol permitiu detectar a presença de H2O2 adicionado ao leite cru em todas as concentrações de adição, quando analisados imediatamente e 30 minutos após adição, porém, 24h após adição do H2O2, o teste foi eficiente apenas em adições superiores a 0,5%. No teste de Óxido de vanádio, em leite cru, observou-se que, com adição de 0,005%, em nenhum dos tempos estudados foi eficiente. Tal situação permaneceu ao avaliar a adição 0,01% no tempo de 24h após adição do H2O2.  Já avaliando o leite UHT, com o óxido de vanádio as reações se mantiveram indetectáveis em baixas concentrações (0,005%). Os testes oficiais não apresentam eficiência para detecção em baixas concentrações em períodos maior ou igual a 24 horas. Já o teste Macofren© apresentou eficiência para a detecção de H2O2 em leite cru e UHT nas condições analisadas, porém ineficiente na quantificação da fraude como proposto pelo fabricante.

Biografia do Autor

Vinicius César Goulart, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Graduado em Medicina Veterinária

Luiz Fernando Rocha Botelho, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professor orientador

Renato Santana de Oliveira, Universidade de Brasília (UNB)

Doutorando em Tecnologia Química e Biológica

Marcia de Aguiar Ferreira, Universidade de Brasília (UNB)

Professora

Downloads

Publicado

2019-04-25

Edição

Seção

Artigos