Silagem de colostro bovino produzida com adição de sacarose

Resumo

O excesso de colostro, que muitas vezes não é utilizado nas fazendas leiteiras, pode ser armazenado na forma de silagem, na qual o colostro é fermentado por bactérias, de forma anaeróbica, em garrafas plásticas tipo PET, conservando parte de seus nutrientes por meia da redução do pH.  Entretanto, falhas na fermentação do colostro podem ocorrer, em função de seu baixo teor de lactose. Sendo assim, o objetivo do estudo foi avaliar os efeitos da adição de sacarose, na forma de açúcar, sobre o processo fermentativo do colostro bovino, utilizando-se de quatro tratamentos: controle – sem adição de sacarose e adição de 1%, 2% e 3% de sacarose ao colostro, em um delineamento inteiramente casualizado (DIC), com cinco repetições. O colostro utilizado, de primeira e segunda ordenha pós-parto, foi obtido em uma propriedade do município de Patos de Minas (MG), onde o rebanho é composto por animais da raça Holandesa. Após adição do açúcar ao colostro, realizou-se a mistura e homogeneização, com posterior armazenamento em garrafas tipo PET, por um período de fermentação de 24 dias. Após esse período, as garrafas foram abertas, e as seguintes análises foram realizadas nas silagens: acidez em ácido lático, grau brix, pH e proteína bruta. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e, sendo significativos, ao teste de regressão, considerando 5% de significância. Apenas os valores de grau brix foram influenciados pelos tratamentos (P<0,05), aumentado de forma linear à medida que se aumentou a adição de sacarose. Todos os resultados obtidos caracterizaram uma boa fermentação do colostro, concluindo-se que a fermentação foi adequada com ou sem adição de sacarose, de forma que as silagens produzidas se mostraram de boa qualidade, não havendo necessidade de adicionar sacarose na ensilagem do colostro.